Me vejo perdida. Olho para um lado e vejo alguns estranhos. Olho para o outro e mais algumas pessoas das quais seus rostos não me são familiares. Olho para frente e vejo alguns amigos. Mas nenhum deles é quem eu procuro.
Nenhum deles é você. Eu te busco a minha volta, tento ver seu rosto no meio dos outros desconhecidos. Nunca acho. Por que não desisto? Será que um dia essa minha tentativa de revê-lo não irá falhar? Um dia irei ver esses olhos claros e tocar sua mão? Ouvir sua voz novamente falando comigo coisas que nunca ouvi ou apenas fazê-lo sorrir como nunca fiz? Tenho esperanças?
Terei que desistir das chances de alcançar o que desejo? Terei que esquecê-lo e fingir que nada mais está acontecendo? Devo dizer que estou bem quando alguém perguntar? E se disserem seu nome em minha frente, devo eu engolir o choro e falar que nunca o vi na minha vida? Terei que apagar as mais lindas memórias da minha mente inofensiva? Inofensiva pra você, pois sou eu quem sofre com todas as lembranças.
Enquanto você está por aí sorrindo, eu estarei aqui chorando e na contínua busca de um você que está inalcançável.
Ingrid Raina
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