Esse é um espaço que tenho para escrever o que penso, o que sinto. Fazer críticas sobre a sociedade, o mundo que vivemos, as atitudes e julgamentos das pessoas.

É sempre bom ver o que os outros pensam, cada um tem seu ponto de vista, e esse é o meu. Espero que gostem, pois o que faço é com muito carinho.

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Quem conta as histórias?

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Uma pessoa que adora escrever e usa a escrita como um desabafo sobre seus sentimentos e críticas que muitas vezes tem dificuldade de expor em seu dia-a-dia. Estudante de Pedagogia da Universidade de Brasília. (ingridraina.dirgni@gmail.com)

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

Clarice Lispector

quinta-feira, 31 de março de 2011

Bom demais pra ser verdade... Parte III

No dia seguinte, quando acabou a aula, fui correndo para o shopping. Não sabia se ele realmente viria, pois não tinha o visto na escola.

Fiquei na entrada, pois não tínhamos marcado nenhum lugar e nem tínhamos trocado telefone. ¬¬

Quando ele chegou, comecei a me tremer de felicidade e nervosismo, parecia que eu nunca tinha saído com outros garotos. Ele era especial.

Abri um sorriso enorme e estava louca para abraçá-lo, mas ele passou direto. Dessa vez, ele olhou para trás e piscou. Interpretei aquilo como um convite para segui-lo.

-Por que está me seguindo?

Ele falou sorrindo para mim. Minha resposta foi somente uma risadinha sem graça.

-Onde estamos indo?

-Estacionamento.

Quando ele disse “em segredo”, era segredo para o mundo inteiro. Absolutamente ninguém poderia saber que estávamos juntos.

Chegamos ao estacionamento e sentamos em uma escada. Ele encostou-se à parede e ficou me olhando. Foi muito estranho. Não tínhamos nada o que falar um para o outro, pois nunca conversamos.

-Fala alguma coisa. Alguma pergunta.

-Hum, deixa eu pensar...

-Só não vem perguntar se eu te amo.

-Por quê?

-Porque se eu não te amasse, eu não estaria aqui com você. *-*

Pronto. Bastou ouvir isso, pra eu começar a me tremer mais ainda.

-Ai, eu estou tremendo demais...

-É, eu causo isso nas garotas. ; )

Ficamos um bom tempo no estacionamento, abraçados e nos beijando. Infelizmente estava ficando tarde e tínhamos que voltar para a realidade.

-Está ficando tarde, é melhor irmos.

-Te levo em casa.

Então fomos para minha casa. Quando chegamos na esquina...

-Sua mãe está em casa? Queria conhecê-la...

-Está sim, mas acho melhor não.

-Tudo bem.

Fui dar um beijinho de despedida e ele virou o rosto. Quase chorei naquela hora. Encostei minha cabeça no ombro dele e cochichei:

-Me beija, por favor!

-Alguém pode nos ver.

-Por favor.

Ele me deu um selinho super rápido e depois se despediu, sem nem um abraço. Tive que descer a rua sozinha, pois ele não queria que nos vissem juntos.

Comecei com as minhas conclusões. Ele tinha vergonha de mim. ele tinha vergonha de estar ao meu lado. Era a única explicação. A desculpa dele foi muito forçada e sem lógica. Claro que todas as garotas da escola queriam estar no meu lugar agora, mas elas seriam capazes de inventar histórias e ainda virem me contar?

...
Ingrid Raina

Decidi colocar duas músicas que tem um pouco a ver com a história.. Espero que estejam gostando:


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