Esse é um espaço que tenho para escrever o que penso, o que sinto. Fazer críticas sobre a sociedade, o mundo que vivemos, as atitudes e julgamentos das pessoas.

É sempre bom ver o que os outros pensam, cada um tem seu ponto de vista, e esse é o meu. Espero que gostem, pois o que faço é com muito carinho.

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Quem conta as histórias?

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Uma pessoa que adora escrever e usa a escrita como um desabafo sobre seus sentimentos e críticas que muitas vezes tem dificuldade de expor em seu dia-a-dia. Estudante de Pedagogia da Universidade de Brasília. (ingridraina.dirgni@gmail.com)

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

Clarice Lispector

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Clarisse Lispector

Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais…

Clarisse Lispector
Após ler, releia de baixo para cima. 

Nada posso fazer


Sabe o que magoa? Ver que o mundo está completamente mudado e não há nada que eu possa fazer. Esse mundo moderno cheio de tecnologia onde adolescentes só querem ficar na frente do computador e os livros esquecer. Não, eu não sou diferente, mas eu não abandonei a literatura, pois sei que ela é muito boa para mim e enriquecer os meus conhecimentos. Esses jovens de hoje que não tem coragem de ler um poema pequeno sequer.

Esses jovens de hoje que não sabem mais o verdadeiro valor da escola, acham que ela serve como um castigo. Adolescentes fugindo da escola, matando aula. Adolescentes transformando a escola em um local de terror, praticando o bullying e a violência. Eles não sabem o que estão perdendo, eles não sabem como vão sentir falta disso tudo depois.

Esses jovens que esqueceram as cartas, esqueceram como é bom sair com os amigos para se divertir, esqueceram a emoção de comprar um cd daquele cantor que tanto gosta, comprar um livro e lê-lo enquanto viaja, falar pelo telefone. Esqueceram de como é bom tudo isso pois agora eles têm o computador. A internet faz tudo para eles. Como é bom ir fazer um trabalho e achar a sua pesquisa toda em um mesmo lugar ao invés de ficar horas procurando em diversos livros.

A juventude de hoje está morta. Morta de preguiça. Eles não querem fazer mais nada. Só sabem reclamar de tudo e esquecem como várias pessoas lutaram e morreram antigamente para terem os direitos que estamos tendo hoje em dia e que não estamos dando valor. Mulheres que não podiam ler ou estudar antes, lutaram para conseguir esse direito e que hoje está sendo desperdiçados por mulheres que não sabem aproveitar os seus próprios direitos.

Tudo está tão mudado. Bom seria se estivesse mudando para melhor, mas não. E só de pensar que eu poderia ter vivido em séculos passados, mas estou aqui nesse mundo em que nada está fazendo sentido mais. Nada está sendo valorizado. Nada de bom, porque as coisas ruins estão no auge.

Infelizmente essa é a verdade e talvez não há nada que possamos fazer...

Ingrid Raina


Who says - Selena Gomez


E TUDO MUDOU


   E TUDO MUDOU
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
“Problemas de moça” viraram TPM
Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse

Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê…

Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service

A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD

A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do “não” não se tem medo
O break virou street

O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também

O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike

Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira…

A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz…

… De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças
                 -Luís Fernando Veríssimo

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