Às vezes me engasgo com o meu choro. Às vezes perco o fôlego com minhas gargalhadas. Às vezes me queimo com minha ira. Me irrito com meu próprio estresse. Me chateio com minha ignorância. Me entristeço com minha insegurança. Viajo em minhas dúvidas. Me alegro com algumas lembranças.
Sinto raiva pelo meu ciúme exagerado. Pra que querer tomar posse de algo tão insignificante? Achar que é boa o bastante para tê-lo. Achar que pode comandar. Pensar que tem o poder. Bobinha...
Como bom seria ter poder sobre suas lágrimas, sobre sua raiva, sobre seus pensamentos. Poder dominar sua mente e fazer apenas aquilo que realmente quer, sem essas tais ações involuntárias. Perfeito, concorda?
Mas qual graça teria fazer só o que quisesse?! Somos seres tão medrosos. Às vezes precisamos de uma ajuda involuntária. Alguns dizem que é a força do destino, posso até acreditar nisso, pois ainda não sabemos tudo sobre o mundo em que vivemos.
Enfim, o que seria de nós sem um pequeno impulso, sem um empurrãozinho? O medo iria tomar de conta da gente sempre e nunca iríamos sair do lugar. Admita, em vários momentos de sua vida você gostaria de ter tido essa tal ação ou agradece por ela ter te ajudado.
Ingrid Raina