Esse é um espaço que tenho para escrever o que penso, o que sinto. Fazer críticas sobre a sociedade, o mundo que vivemos, as atitudes e julgamentos das pessoas.

É sempre bom ver o que os outros pensam, cada um tem seu ponto de vista, e esse é o meu. Espero que gostem, pois o que faço é com muito carinho.

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Uma pessoa que adora escrever e usa a escrita como um desabafo sobre seus sentimentos e críticas que muitas vezes tem dificuldade de expor em seu dia-a-dia. Estudante de Pedagogia da Universidade de Brasília. (ingridraina.dirgni@gmail.com)

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

Clarice Lispector

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Venha...

E eu estava lá com ela e não sabia o que falar. Ela soluçava e eu passava as mãos nas costas dela.

-Você já quer falar sobre isso?

Ela não conseguia falar. Só sabia chorar e chorar, e eu não sabia o que fazer.

Sei que foi ele, é tudo culpa dele. Eu avisei, mas ninguém me escuta. Aquele “namoradinho” dela que mais queria deixar minha princesinha sofrer do que amá-la.

-Calma, amiga. Tudo se resolve...

Não precisava mais falar o que tinha acontecido. Agora eu tinha certeza que foi culpa dele. Por que eles têm que fazer isso com a gente?

Amiga, uma hora essa dor passa... Eu sei o que você está sentindo e sei que não é fácil esquecer, mas com uma ajuda a gente supera juntas.

-Sabe, ele me deixou de vez...

Enfim ela falava entre seus soluços. Era uma dor enorme. Perder alguém não é fácil e ainda mais ele, o garoto que ela tanto gostava... Agora está lá, longe e com outra. Ele é rápido, não? Ou talvez porque nem a amava de verdade... Mas eu preferi ficar na minha, ela já estava ruim demais sem a minha ajuda.

-Vem aqui.

Falei puxando a cabeça dela pra deitá-la no meu colo.

-Ele se foi, mas você sabe que eu sempre estarei aqui do seu lado. Comigo você poderá chorar tudo o que tiver pra chorar, mas não quero vê-la sofrer assim por tanto tempo.

Às vezes eu virava uma mãe. Ou talvez uma irmã mais velha, mas a verdade é que eu sempre estava ali com ela. Uma verdadeira amiga.

Ficamos caladas e ela chorava um pouco e se acalmava. E depois voltava para os gritos abafados na minha calça.

Calma, calma. E como sempre isso irá passar e você verá que é bobagem chorar por mais um que não deu valor nessa garota maravilhosa que você é...

Ingrid Raina


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